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Planejar é preciso

Por Daniel Hannun

 

Planejamento é algo fundamental na nossa vida.

Logo que entrei na faculdade, fiz um curso paralelo, que eu nem lembro o tema ou o nome do instrutor, mas uma coisa eu não me esqueço, foi quando ele levantou a seguinte questão: “Planejar é preciso?”. Parte respondeu que sim e parte disse que não. Para a minha surpresa, todos tinham razão, pois essa pergunta tem duplo significado. Sim, planejar é preciso no sentido de necessário, porém não é preciso no sentido de precisão. Não sei por que, mas isso ficou muito bem registrado na minha cabeça.

 

Planejar não significa que tudo sairá sem surpresas, apenas quer dizer que foi traçado um roteiro inicial, que deverá ser ajustado conforme a caminhada ocorrer e os desafios não previstos surgirem.

 

Isso vale para tudo em nossa vida, inclusive para o financeiro. Ao desejarmos algo, é fundamental visualizarmos o caminho que percorreremos até atingirmos o nosso objetivo.

 

Identificado onde queremos chegar e o que queremos ter no futuro, agora é o momento de estipularmos metas de poupança que nos proporcionem atingir esses objetivos. Caso existam dois objetivos distintos e dependentes do mesmo recurso, é essencial pouparmos separadamente. Caso a capacidade de poupança não permita isso, temos que priorizar.

 

Imagine desejarmos comprar uma casa e trocar de carro. Caso não ocorra o planejamento considerando separadamente os dois itens, o carro sempre ganhará da casa, pois é mais barato e mais fácil de ser atingido, porém, o seu desejo e necessidade de troca é recorrente e com isso, a vez da casa, provavelmente, nunca chegará. Neste caso, priorizar a casa é essencial para obtê-la.

 

Um ponto muito importante nesse momento é termos os pés no chão e planejarmos algo factível, pois não adianta querermos viajar do Rio de Janeiro à São Paulo de carro em uma hora. Com as finanças, é da mesma forma.

 

A viabilidade do planejamento é essencial, pois idealizarmos algo impossível certamente nos desmotivará e o plano logo será abandonado. Nesse momento, temos que ter em mente nossa capacidade de geração de receita vis-à-vis as nossas despesas.

 

Ao analisarmos as despesas atuais e avaliarmos o que pode ser cortado, temos que nos atentar para não cortarmos por longos períodos aqueles itens que realmente nos dão prazer e nos motivam a trabalhar, pois caso sejamos privados de algo que gostamos muito, o percurso será árduo demais e gerará um risco muito grande de abandonarmos no meio. A exceção deste ponto ocorre apenas se for por um prazo pré-determinado de “sacrifício” por algo maior. Mas deve ter um período bem determinado e claro.

 

Criar metas intermediárias e até recompensas, pode ajudar no dia a dia, como por exemplo, programar que a pizza semanal será uma vez por mês, mas após seis meses de dedicação e meta parcial conquistada, fazer uma pequena viagem para comemorar o êxito.

 

Envolver a família nas metas e recompensas também é fundamental, assim todos se sentirão parte da conquista e não apenas do sacrifício. Para tanto, os objetivos devem ser definidos em conjunto. Imaginem que é muito mais fácil cumprir o plano traçado com todos comprometidos, remando para o mesmo lado.

 

Enquanto estamos na fase da economia e poupança, é interessante definirmos também onde o recurso será aplicado, pois não se pode correr o risco da inflação corroer nosso poder de compra, mas também arriscar demais pode fazer com que se perca capital em determinadas situações. Neste caso, o ideal seria contar com várias opiniões especializadas e diversificar o investimento na medida em que o montante poupado crescer, mitigando riscos e potencializando retornos, sem milagres e aventuras.

 

A dica dessa coluna é investir um tempo nesse planejamento. No caso familiar, validar as prioridades com todos, analisar muito bem a rota a percorrer e a sua aplicabilidade prática, além de comemorar após atingir cada uma das metas estipuladas.

 

Fonte www.indikabem.com.br/author/daniel-hannun

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